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Uma das demonstrações mais audaciosas de quanto a natureza é submissa `a tecnologia, de quanto a natureza funciona como arquétipo da tecnologia e
de como, a natureza se rende a tecnologia, é datada de 1960 pelo teólogo
herege(honoris causa) Lutor Spinoza.
Os milagres, mas, sobretudo os milagres, são causa de discussões
raivosas. Não se quer acreditar em fenômenos que são simplesmente
tecnologia para o homem contemporâeo: tecnologia cirúrgica, tecnologia
médica, tecnologia cientfica. Mas se nós pensamos que Cristo foi um
ser, o Ser, dotado de poderes sobrenaturais, como Criador do Universo,
então devemos também nos perguntar por qual motivo não interferiu então
contra a sua morte, mas antes ainda, com a história do seu povo,
libertando-o da escravatura dos Romanos, como Moisés fez no Egito.
Teoria do livre arbítrio? Cruel obstinação de formas hostis do Universo?
Veterana punição bíblica e profetizada condenação na cruz? Ou,
simplesmente, desinteresse?
Na realidade, a única explicação é que Cristo foi um homem do futuro.
Um viajante do tempo, que surgiu por acaso na Galiléia de Tibério. Um
médico nada mal, se quisermos. E um equilibrista capaz. Um ser imortal
(por que não?) a espera do retorno da Nave Mãe para buscá-lo. Um amante
da natureza. Um naturalista ou um naturologista. O que nos explica que
milagre ( a mecânica dos Gregos) È o agir do homem sobre o ambiente do
homem. Que a ciência não é apenas uma máquina do progresso, mas a
salvação. Que a ciência é o melhor bem da criação. A favor do homem, sem
dúvida, mas sempre acima da sua vida.
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